Desde a criação da empresa em 1968, seu fundador, Sr. OCHI, nunca deixou de seguir este sonho: fabricar as meias mais confortáveis do mundo usando as técnicas tradicionais de fabricação japonesa. Essa desejo inicial de valorizar a arte japonesa é baseada na antiga convicção de que o que é justo atravessará as eras, mesmo que a moda mude constantemente na aparência. Portanto, por mais de 50 anos, a Tabio cultivou a mentalidade única da habilidade artesanal japonesa, sempre em busca de harmonia, seja na satisfação do cliente ou nas diferentes redes (fornecedores, fabricantes, vendedores, etc.). Essa busca constante pela harmonia deu origem a um modelo de negócios que se define hoje como confiável e responsável.
A Tabio implementou um sistema que permite fabricar uma coleção muito variada de meias, levando em consideração as necessidades imediatas de seus clientes. O sistema de abastecimento na Tabio tem o princípio de aproximar ao máximo a fábrica e a loja, a fim de ser mais reativo e evitar desperdícios.
Como qualquer artigo de moda, as meias estão sujeitas a tendências, e estas mudam muito rapidamente. Anteriormente, demorava de um a dois meses desde o início da fabricação de um produto até sua chegada à loja. Muitas vezes, era difícil fornecer o modelo no momento em que o cliente realmente desejava, e, infelizmente, às vezes ele chegava às prateleiras após a tendência ou após a estação, resultando em um acúmulo de estoque difícil de vender posteriormente. Esse sistema, portanto, não era eficiente e gerava problemas de gestão de estoque.
A empresa então se questionou sobre como atender às necessidades do cliente no momento em que surgem na loja, evitando ao mesmo tempo o acúmulo de mercadorias. O ideal seria, é claro, conhecer desde a fase de planejamento o volume de vendas previsto para cada modelo, mas isso seria tão difícil quanto tentar prever o clima! Foi apenas após muitas tentativas infrutíferas que a Tabio conseguiu implementar um sistema que permite aos fabricantes acompanhar precisamente em tempo real a venda de cada produto nas lojas e organizar o reabastecimento de acordo com as necessidades reais, e não mais estimativas arriscadas.
Esse sistema, que demonstrou sua eficácia por quase meio século, aproximou todos os intervenientes na cadeia de abastecimento (fabricantes, tintureiros, centro de distribuição, lojas) dando-lhes às informações sobre vendas e estoques, com o objetivo de acabar com a produção em massa e o disperdício que ela gera. Geralmente, os produtos disponíveis no centro de distribuição são entregues às lojas em um ou dois dias. E quando não há estoque disponível antecipadamente, agora é possível entregar os produtos às lojas em uma semana, graças à rapidez dos fabricantes. Além disso, as lojas têm acesso remoto ao nível de estoque para cada modelo, podendo informar precisamente ao cliente sobre os prazos de reabastecimento.
Essa proximidade entre as fábricas e as lojas beneficia a todos os participantes da cadeia de abastecimento, evitando a produção excessiva de estoque pelos artesãos, a compra ou armazenamento de matérias-primas em excesso, melhorando a gestão de estoques na loja e reduzindo os riscos de estoque parado na fábrica ou no centro de distribuição no final da coleção.
No Japão, os resíduos têxteis relacionados diretamente à indústria de roupas totalizam cerca de um milhão de toneladas a cada ano. Estima-se também que aproximadamente 50.000 toneladas de meias são descartadas, o que representa 1,3 bilhão de pares por ano. Com o objetivo de evitar a superprodução, a Tabio sempre buscou identificar as necessidades de seus clientes para fabricar conforme a demanda, não produzindo em massa. Portanto, a Tabio optou por privilegiar a venda direta em suas próprias lojas, onde o aconselhamento ao cliente é valorizado, permitindo identificar as expectativas e comportamentos dos clientes. Além disso, a empresa escolheu desenvolver uma relação próxima entre a equipe de vendas de cada loja e a equipe da sede da empresa, ativa no campo, para entender melhor os hábitos e as necessidades reais dos clientes, antecipando e planejando melhor a renovação das coleções.
Todos os elos da cadeia de abastecimento estão sujeitos a um sistema de inspeção rigoroso, baseado no princípio da total responsabilidade em relação aos produtos comercializados. A Tabio trabalha em estreita colaboração com seus artesãos, seja os fabricantes nas fábricas de meias ou os das tinturarias. Portanto, ela conhece principalmente a composição de seus produtos, bem como os corantes utilizados nos diferentes materiais. Sempre rigorosa na seleção de suas matérias-primas, a empresa pratica a transparência em seu sistema de abastecimento e desenvolve a fabricação responsável.
“Mottainai ” é um termo japonês usado para expressar o desconforto diante do desperdício.
No Japão, os consumidores são ensinados há muito tempo que não é bom deixar as coisas em mau estado ou desperdiçar.
A Tabio participa do projeto de reciclagem BRING* que convida os clientes a devolverem em loja seus produtos usados. Como parte dessa atividade, a Tabio coleta cerca de 100.000 pares de meias usadas por ano (112.000 pares em 200 lojas em 2019, 53.000 pares em 2020) e os entrega à organização BRING, que se encarrega de reciclar o poliéster que elas contêm para transformá-lo em uma nova matéria-prima. Enquanto a produção anual de poliéster é de cerca de 52 milhões de toneladas, a BRING contribui ativamente para reduzir a quantidade de petróleo usado na fabricação desse tipo de fio. Naturalmente, outras matérias-primas também são recicladas sempre que possível.
Essa atividade de reciclagem busca também desenvolver a produção de biocombustível a partir do algodão das roupas usadas.
Quantos pares de meias você possui ?A Tabio e uma empresa de pesquisa constataram que "70% têm mais de 10 pares de meias". No entanto, você provavelmente usa apenas cinco de seus pares favoritos. Para muitos clientes, as meias que não são suas favoritas se tornaram "meias dispensáveis". Em colaboração com a iniciativa BRING*, a Tabio coleta meias e collants indesejados em suas lojas e pede a uma empresa especializada para reciclá-los em matérias-primas para produtos têxteis, tornando-os novamente úteis para o mundo.
*Serviço disponível apenas nas lojas da Tabio no Japon.
A Tabio começou a cultivar seu próprio algodão na cidade de Koryo-cho, localizada na região de Nara, no Japão. Essas sementes de algodão, das quais são feitas meias muito macias, são cultivadas sem o uso de produtos químicos, em respeito ao consumidor, ao produtor e, é claro, ao meio ambiente. Nessa atividade, o cultivo de algodão em campos de arroz ociosos é uma prioridade, assim como a conexão com a comunidade local.
No Japão, é comum ouvir o ditado muito difundido: "um pássaro que parte deixa a água limpa". CIsso significa que é importante que cada um tenha consciência do que deixa para trás. É por isso que a Tabio se comprometeu a reduzir sua produção de resíduos em todas as suas fábricas. Uma das medidas implementadas para isso foi a sensibilização de crianças e idosos. Desde 2015, a empresa doou milhares de sobras de tricô recuperadas em suas fábricas para escolas e asilos em todo o Japão, permitindo que jovens e idosos descubram as alegrias da costura e do artesanato. A partir de retalhos de tecido, cada um pode usar sua criatividade para confeccionar objetos diversos, descobrindo técnicas artesanais mais ou menos antigas.
A empresa se esforça para garantir que os anéis usados produzidos durante o processo de fabricação de meias não sejam descartados como resíduos industriais, mas sim que renasçam e sejam reutilizados. A empresa produz mais de 25 milhões de pares de meias por ano, gerando cerca de 50 milhões de "anéis de resíduo", porém dois por par. Nos esforçamos para reciclar esses anéis, que normalmente seriam descartados.
Tudo começou quando a Associação para o Estudo da Educação em Dificuldade de Aprendizagem entrou em contato conosco para usá-lo como material educacional para escolas de apoio. O boca a boca então fez saber que também poderia ser usado para treinamento funcional e reabilitação, e hoje é fornecido a mais de 500 locais. Além de ser uma iniciativa de redução (redução de resíduos) e de reutilização (reuso), o projeto melhora o meio ambiente ao reduzir as emissões de CO2 durante a incineração, e apoia a manutenção e promoção da saúde por meio de treinamento funcional e reabilitação manual.
o manteve firme a decisão de continuar trabalhando localmente com artesãos japoneses, fabricantes de pai para filho, frequentemente ao longo de várias gerações.
Além disso, para estar na vanguarda da inovação e em busca de melhoria contínua, a empresa desenvolveu seu próprio centro de pesquisa instalado na província de Nara desde 1987. Nesse local, a Tabio testa todos os seus modelos (teste de resistência, abrasão, UV, lavagem, etc.) a partir de máquinas fabricadas por seus próprios técnicos e especialistas.
O desejo constante de melhoria e uma gestão responsável em todos os níveis, bem como uma verdadeira proximidade entre todos os intervenientes na cadeia de abastecimento, adaptada às realidades locais, permitiram à Tabio destacar-se e adquirir uma forte notoriedade em seu setor de atividade, tanto a nível nacional quanto global. O convite em 2019 para participar, como empresa privada, da conferência da OECD* em Paris, com o tema “Cadeias de abastecimento responsáveis no setor de vestuário e calçados”, é um testemunho e demonstra seu envolvimento ativo com o desenvolvimento sustentável e a economia responsável.
*A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico
Com sua vasta experiência, a Tabio continua a pensar sobre novas atividades que lhe permitirão de continuar a desenvolver o seu compromisso sustentável em diferentes níveis.
A empresa há muito tempo alimenta o sonho de cultivar seu própio algodão no Japão. Agora tornou-se realidade, e diante o sucesso de sua linha de produtos em algodão Koryo, a Tabio espera expandir essa experiência e oferecer no futuro mais produtos confeccionados a partir de matérias vindo da agricultura eco responsável.
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